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O tempo antes da queda e
depois da queda de Adão
Com a morte de Alexandre, O Grande, a decadência da civilização grega foi um fato inevitável. Mas o legado grego foi de valor incalculável, em qualidade e quantidade. Foram revelados ao mundo compêndios de sabedoria que sistematizavam o conhecimento humano e sua abordagem filosófica  e científica.
Em comparação com os judeus, os gregos não expressavam a religiosidade,  nem a busca pela espiritualidade. O povo hebreu era monoteísta e augardavam a vinda do Messias. Com que aparência este Messias se apresentaria àquele povo. Seria um rei austero e dominador, que se sentaria num trono, indiferente, condenando e perdoando?
Entre o legado grego e o dos judeus,  que viviam à espera do Messias,  surge o Cristo, trazendo em seus ensinamentos a síntese de quase todos os postulados de sabedoria até então desenvolvidos por civilizações anteriores. Mas os hebreus não o viam mais que um profeta, entre tantos outros,  que viviam pela Palestina, pregando doutrinas e crenças de valor e utilidade cubidosos. A mudança de paradigma que o Cristo veio estabelecer ficou na indiferença e sob a suspeita da religiosidade institucionalizada  e oficial da época.
Jesus Cristo colocou o homem como padrão do mundo. Que conforto para a humanidade! E que responsabilidade diante de Deus e do próprio Cristo! Foi Ele quem mostrou que a dignidade e o respeito humanos estavam acima de todos os demais valores. Foi Ele quem sintetizou a máxima: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo.
Sócrates, Platão e Aristóteles filosofaram sobre a grandeza do homem em seu valor, mas coube a Jesus colocar esta síntese que veio revolucionar a vida humana ao implantar valores jamais imaginados, contribuindo para um mundo melhor. Ele foi a semente de uma grande revolução na história espiritual da humanidade.
Esta virada poderia ter tido um alcance bem maior, não fosse a transformação do cristianismo, simples e fiel à doutrina do Cristo, numa instituição, organizada em hierarquias, com o aval do Imperador Constantino,  que faz um pacto de mútua colaboração com a Igreja nascente. Então, a Igreja sai da  condição de perseguida e passa a ser o sistema dominante e castrador, que perseguia e matava quem discordasse de seus dogmas e postulados, nunca compatíveis com o que demonstrava a natureza ética e fenomênica.
Poucos tempos depois, a  Igreja não só  co-habitaria com o Império Romano,  mas se tornaria sua mentora e, posteriormente, a condutora do processo político e administrativo do  governo.     
A Igreja  não apenas  monopolizou o conhecimento religioso  e espiritual,  mas também o poder político e o conhecimento científico. Tentou legislar sobre os postulados científicos. Ela então tenta explicar cientificamente, por exemplo, a origem do Universo e da vida humana,  no  objetivo de determinar  a data da criação do mundo e do
homem.
Algumas questões de dogma e doutrina da Igreja Católica ficam na dependência de conceitos e visão históricos, tendo que enfrentar um grande desafio, a interpretação da Bíblia para ajustar-se aos dogmas do cristianismo nascente.  Se o homem foi criado antes ou depois da queda de Adão e Eva, questão,  que ao ser colocada,entre as duas alternativas,  a Igreja Católica faz opção pela segunda alternativa,  ou seja, o homem foi criado depois da queda de Adão, acompanhando o relato bíblico.  Esse dado pode fazer a diferença, porque poderá ocultar da humanidade referenciais de espiritualidade, com base em robustos argumentos, a que ela até estão nunca tivera acesso.
Antes da queda, portanto, vivia-se num mundo onde não havia corrupção física (degradação dos sistemas biológicos e físicos). O tempo neste período não produzia o envelhecimento, e consequentemente a morte.
Tendo em vista essa informação, não há como traçar uma linha genealógica completa e fiel aos acontecimentos históricos e, dessa forma,  perde-se a capacidade de se construir uma percepção linear da data da criação do homem sobre a Terra, pela cronologia bíblica.
Adão perde o status de ser o primeiro homem a pisar sobre a Terra. Argumentos consistentes põem luz sobre uma raça de humanos, gerada ao lado de Adão.  Uma grande quantidade de filhos que, já existiam antes da queda. Com base em um texto de Jó  31.33, pode-se perceber que ele fala sobre essa anterioridade de humanos sobre a Terra, antes da queda.  O texto de Jó diz assim: se como Adão, encobri minhas transgressões,  ocultando meu delito no meu seio; porque eu temia a grande multidão,  e o desprezo das famílias me apavorava,  e eu me calei e não saí da porta.
Daí se deduz que Adão não estava sozinho no momento da sua queda. Ele era, sim, como que um patriarca e foco central de todo o processo da história.
Pode-se falar, então,  de toda uma geração de homens e mulheres, criados antes da queda desse homem, patriarca representante da humanidade. E não podemos nos esquecer de que a consequência da ação do tempo cronológico,  pós-queda,  é bem diferente da ação do tempo anterior à queda do homem, narrada no capítulo terceiro de Gênesis.
Era a constatação de que esses seres, presentes sobre a terra,  contemporâneos  de Adão,  eram seres imateriais, espíritos que estiveram presentes nesses primeiros momentos da criação. Eram espíritos evoluídos que transitavam naquele cenário,  como colaboradores de Deus. Isso não afasta a idéia da interferência de espíritos pouco evoluídos que também agiam, mas com a intenção de corromper a humanidade, e o símbolo dessa ação maléfica está representada pela queda de Adão e Eva.
Essa simbologia nos aponta para um fato incontestável que é a influência de espíritos inferiores em nossas vidas, por mais que as forças positivas emanadas de Deus possam também estar prontas a nos ajudar.

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